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Trabalhadores da Comcap mobilizados
para a
DATA-BASE 2015/2017
Foi dado o primeiro passo
da data-base deste ano. Na úl-
tima quinta-feira (08/10), em
assembleia no pátio do Limpu,
os trabalhadores da Comcap
aprovaram a Pauta da Data-
-Base 2015/2017 e demons-
traram que estão mobilizados
para o enfrentamento. Foram
definidos quatro eixos para a
campanha: fortalecimento da
Comcap pública, garantia de
emprego, concurso público e
reposição salarial.
Na última greve, em
agosto, a categoria conquis-
tou uma vitória importante
na defesa da Comcap públi-
ca. O executivo municipal se
comprometeu a regularizar os
descontos salariais que não
foram repassados e assinou
um acordo diante do Ministé-
rio Público do Trabalho (MPT)
no qual garante um solução
para as dívidas previdenciá-
rias do Refis.
No entanto, nas últimas
semanas, a crise financeira
da Comcap fez até faltar óleo
diesel para os caminhões,
além de novos atrasos com a
Comcaprev. Por todo o Brasil,
aumentam cada vez mais os
cortes nos serviços públicos
e nos direitos dos trabalhado-
res. Em Florianópolis não é di-
ferente. O prefeito Cesar Sou-
za Júnior tenta colocar a conta
da crise em toda a popula-
ção para que os empresários
mantenham seus privilégios.
É hora de exigir novamente
o fortalecimento da Comcap
pública e defender a garantia
de emprego!
A mobilização já come-
çou! A unidade da categoria
é o principal fator para uma
data-base vitoriosa. Os traba-
lhadores não vão permitir que
o governo Cesar Souza Júnior
entregue o serviço essencial
da Comcap para a iniciativa
privada. Todos na defesa da
Comcap pública!
Quatro milhões de sírios estão
refugiados em outros países
Nos últimos meses o
drama dos refugiados, espe-
cialmente sírios, ganhou des-
taque nos noticiários de toda
a parte. São imagens que co-
moveram o mundo inteiro e
que mostram em tempo real
a maior onda de imigração hu-
mana desde a II Guerra Mun-
dial. A guerra civil da Síria se
arrasta desde 2011 e já levou,
segundo estimativas da ONU,
mais de 250 mil vidas. Mais
de 11 milhões de sírios foram
expulsos de suas casas e qua-
tro milhões transformaram-se
em refugiados que tentam a
sorte em qualquer país longe
da guerra.
Entre os envolvidos no
confronto, muito se ouve fa-
lar do presidente sírio Bashar
al-Assad e dos rebeldes oposi-
tores, como o Estado Islâmico,
exército fundamentalista que
por onde passa leva violência
e barbárie. A história dessa
tragédia remonta a chamada
Primavera Árabe, uma série de
protestos nos países da região,
em 2011. O que se seguiu é
resultado do principal interes-
se dos Estados Unidos nos úl-
timos tempos: o petróleo do
Oriente Médio.
Em 2001, os EUA e seus
aliados invadiram o Afeganis-
tão e, em 2003, o Iraque. Os
países são destruídos e a re-
construção fica a cargo dos
invasores. Após a Primavera
Árabe, a estratégica muda su-
tilmente: em vez de ocupar
o país, os EUA financiam e
apoiam a oposição. Assim foi
derrubado o governo da Líbia,
de Muammar Gadaffi, em fi-
nais de 2011. Hoje todos esses
países sofrem de instabilidade
política e não conseguem se
reerguer por contas próprias.
Em seguida foi a vez da Sí-
ria. Em 08 de agosto, o Wikile-
aks, site que revela documen-
tos confidenciais de governos
de todo o mundo, provou que
os EUA começou a fornecer
armamento para opositores
sírios em setembro de 2013.
Para enviar as armas, o gover-
no Obama contou com o apoio
de países aliados como Jordâ-
nia, Turquia, Arábia Saudita
e Catar. Entre os grupos que
receberam o carregamento es-
tão o ISIS, que mais tarde mu-
dariam de nome para Estado
Islâmico.
Petróleo é poder. Com o
prolongamento da guerra, as
famílias refugiadas sírias tor-
naram-se a parte visível de um
plano elaborado pelo capital
petroleiro norte-americano e
europeu. Os EUA e seus alia-
dos precisam controlar os ter-
ritórios do Oriente Médio para
seguir extraindo o óleo com
suas multinacionais e manter
vantagem geopolítica sobre
Rússia e China. Enquanto esta
estratégia permanecer, conti-
nuarão surgindo novos Esta-
dos Islâmicos, Al-Qaedas e o
povo trabalhador continuará
no fogo cruzado de guerras
fabricadas pela crise do capi-
talismo.
Metade da população de 23 milhões foi expulsa de suas
casas e 250 mil pessoas foram mortas desde 2011
Matheus Lobo Pismel
COMCAP
INTERNACIONAL